Dampyr #241 - O cavaleiro de Roccabruna (Boselli, Majo, Vatteni)
Por David Padovani
Para festejar os vinte anos exatos da estréia editorial de Dampyr, Mauro Boselli faz dupla - com Majo (e com um ótimo Matteo Vattani nas cores) e, no mais puro espírito desta série sempre atípica no panorama bonelliano, presenteia os leitores com uma história dedicada não a Harlan, mas sim a seu pai Draka.
O número 241 é um exemplo da riqueza do mundo narrativo que Boselli construiu em duas dezenas de histórias que, além do protagonista e sua caça a estirpe dos Mestres da noite, eles atravessaram séculos de história - entre folclore, mito e realidade - apresentando-nos dezenas de personagens transformados em protagonistas de vários ciclos narrativos, outro elemento característico da série.
O pai de Dampyr é um desses personagens coadjuvantes que, com o tempo, se tornaram cada vez mais importantes, multifacetados psicologicamente e heroicos tanto quanto o filho. Nesta história que é uma espécie de prólogo de uma aventura publicada faz anos (o damyr 27), onde descobrimos um pedaço do passado de Draka e assistimos seu primeiro encontro com Caleb, tudo narrado com a típica prosa densa, rica e erudita de Boselli em um conto rico de dezenas de personagens, todos bem caracterizados.
Por seu lado, Majo - criador gráfico da série - nos presenteia com páginas onde a caracterização dos ambientes e figurinos históricos demonstram detalhes enciclopédicos, comprovando a atenção dispensada para confecção dessa história; páginas panorâmicas que reconstituem os castelos da Europa Central do Século XVII, com precisão fotográfica.
Falamos de:
Dampyr #241 - O cavaleiro de Roccabruna
Mauro Boselli, Majo, Matteo Vattani (nas cores)
Sergio Bonelli Editore, abril/2020
110 páginas, a cores, 3,90 €
Crítica publicada originariamente no site: www.lospaziobianco.it
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