quarta-feira, 13 de novembro de 2019


Dampyr #236 - A amiga mortal
Di Michele Garofoli


Depois da conclusão da longa saga em que vimos Harlan e companheiros combaterem uma desesperada batalha contra os Grandes Antigos, a série dedicada a Dampyr dá uma pausa para nos contar uma história autoconclusiva. Protagonista mais uma vez, Ann Jurging, que depois de ter dado sua contribuição na guerra apenas conclusa, retorna a Turingia, em um instituto de dança, para enfrentar uma ferida que permaneceu aberta na sua alma desde criança.
Giorgio Giusfredi escreve um número de atmosferas rarefeitas, que alterna momentos de horror puro, e outros mais íntimos e pessoais, que homenageia abertamente Suspiria, o filme de Dario Argento, o qual recentemente foi filmado uma espécie de remake. Uma episódio que escava no passado de Ann, adicionando novas facetas a uma personagem que se destaca no panteão da série.
Uma história que se desenvolve deliberadamente lenta, caracterizada por diálogos sempre eficazes, para depois explodir num final comovente e que confirma Giusfredi como um dos melhores escritores da série.
São as explêndidas canetas de Alessio Fortunato a transformar as palavras de Giusfredi. Figuras elegantes, longas e harmoniosas, sedutoras e ameaçadoras, vêm delineadas do sofisticado estilo do desenhista, que através da sua ótima alternância de tratos e da utilização das sombras, nos fornece na plenitude a atmosfera escuro romântica da história e talvez a versão de Harlan mais bela.

Falamos de:
Dampyr #236 - A amiga mortal
Giorgio Giusfredi, Alessio Fortunato
Sergio Bonelli Editore, novembro/2019
96 páginas, em preto & branco, 3,90 euro 

Crítica publicada originariamente no site: www.lospaziobianco.it

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