Dampyr #221 - Planeta de Sangue (Giusfredi, Fortunato)
por David Padovani
O alvorecer do cinema no fim do século XIX, com as figuras de Georges Méliès e Louis Le Prince, e o explendor da Ville Lumiere são as sugestões sobre as quais Giorgio Giusfredi baseia a trama de Planeta de Sangue, álbum com o qual o jovem escritor de Lucca, fecha o cerco aberto em Bloodywood (Dampyr #204), através de uma aventura solitária de Harlan que acompanha sua jovem protegida Ljuba, de férias em Paris.
Da história transparece tanto a paixão quanto o conhecimento de Giusfredi pelo meio cinematográfico, elementos que podem se misturar bem seja na continuidade dampyriana, seja na história que, de outra parte, sofre em alguns momentos com saltos de cena muito repentinos, que desorientam o leitor, forçando-o a parar, para não perder o fio da meada.
Em todo caso, o ritmo e a dinâmica da ação apaixonam e nos diálogos Giusfredi consegue ser realístico e convincente.
Alessio Fortunato, com seu reconhecido estilo em tons de cinza que lembra desenho a lápis, cria páginas sugestivas e de efeito, tanto nas cenas noturnas de Paris, quanto nas cenas ricas de monstros e não-mortos, apoiando o autor no seu amor pelo cinema, com uma série de monstros tirados de famosos filmes de terror, tudo feito com perfeição. As páginas segue a tensão narrativa com enquadramentos arriscados e jogos de sombras inqueitantes, construídos com um trabalho minucioso da parte de Fortunato que revela o detalhe e atenção postos em cada página.
Falamos de:
Dampyr #221 - Planeta de Sangue
Giorgio Giusfredi, Alessio Fortunato
Sergio Bonelli Editore, agosto de 2018
96 páginas, em preto & branco, 3,50 euro
Publicado originariamente no site: www.lospaziobianco.it
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