domingo, 20 de maio de 2018


Série: Dampyr 214
Episódio: O Homem dos Brinquedos
Textos: Claudio Falco
Desenhos: Gino Vercelli
Capa: Enea Riboldi
Letrista: Ricardo Riboldi
Páginas: 96 
Editora: Bonelli, 1-2018



A primeira história de Dampyr  de 2018, mostra um dos elementos mais apavorantes da literatura e dos filmes de horror: os brinquedos que ganham vida.

Harlan, Kurjak e Tesla encontram-se na Saxônia, em Magdeburgo onde, devido o recente sequestro de crianças, se juntam homicídios que deixaram cadáveres completamente sem sangue; não há dúvidas que o misterioso serial seja um vampiro.
A história criminal da cidade inclui o nome de Vogel, um fabricante de brinquedos cuja loja foi destruída nos bombardeios de 1945. As crianças que recebiam de presente brinquedos feitos por ele, pouco tempo depois desapareciam e, depois da morte de Vogel, sob os escombros de seu negócio, não se registrou mais casos desse tipo.
Draka e os seus, circulando pelas ruas de Magdeburgo à procura de pistas, encontram-se com ferozes brinquedos que ganharam vida, em uma cidade que assumiu o aspecto de um período anterior a 1945. A pista os conduzirá ao próprio Vogel que, depois da morte, por obra de Dampyr, do Mestre da noite Shrek, que o transformou em vampiro, se aliou com um outro Mestre, Abigor, para assim vingar seu criador.

Claudio Falco transformou-se num dos autores mais produtivos da série, é inegável o minucioso trabalho de documentação histórica que precede toda aventura sua e a habilidade de criar tramas de horror excepcionais. "O Homem dos Brinquedos" não é exceção, a narração é bem conduzida do início ao fim, dando espaço correto para os flash-back e as ambientações ilusórias.

Gino Vercelli, com esse número estréia em Dampyr depois de estar ocupado por muitos anos em Nathan Never. As suas valiosas ilustrações trazem à luz a Magdeburgo da Segunda Guerra Mundial, brincando habilmente com as sombras e as névoas que a atmosfera impõe, tendo todo cuidado com os detalhes que, em perfeita relação com a trama de Falco, cita a cinematografia clássica (do Fantasma da Ópera ao Gabinete do Doutor Caligari, para citar exemplos).



Crítica publicada originariamente no blog: www.ilcatafalco.blogspot.it

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