sábado, 8 de julho de 2017


Harlan Draka e seus companheiros de aventura vão mantê-los debaixo da sombrinha de praia com três histórias inéditas realmente especiais!

Com a chegada do verão, chegam também o Especial anual dedicado às aventuras de Harlan Draka e dos seus valorosos companheiros.
Bem na hora, o Maxi Dampyr deste ano surge nas bancas com o esplendor de suas 288 páginas. A edição, sob a sugestiva capa desenhada por Enea Riboldi, contém três histórias completas, autoconclusivas e inéditas.



A primeira história, escrita por Diego Cajelli e com os desenhos de Marco Santucci, se intitula "O Testamento", e nos transporta para a sugestiva e misteriosa região inglesa da Cornualha, onde a morte do ancião Sir Willian Hamilton chama à mansão da família seus excêntricos (e pouco recomendáveis) herdeiros. 
A sucessão obviamente, não será simples e indolor, há também as estranhas relíquias de caráter esotérico que o velho Sir Willian tinha juntado durante suas viagens ao longo dos anos; a sua paixão pelo oculto se revela, então, muito mais do que uma frívola paixão.
Somente a providencial presença de Harlan, sabiamente chamado pelo advogado da família, consegue por fim ao horror que estava para se desencadear na propriedade e sobre seus hóspedes.



Com a segunda história, ao contrário, mudamos drasticamente de gênero.
"O Mostro do Billabong", escrito por Francesco Matteuzzi e desenhado por Andrea Del Campo, explora tanto o folclore dos Aborígenes australianos, quanto o campo, que gosto tanto, da criptozoologia.
Dampyr de fato, vai acabar tendo que lidar com o mítico Bunyip, uma misteriosa criatura que dizem habitar os confins do Billabong (pântano salgado) do Norte da Austrália.
Esta é a história que mais gostei, a nível profissional. O fato de se tratar de um argumento que apaixona tanto, juntando um pouco de ecologia com justiça social, me fez pensar que seja a melhor história do Maxi 9.

 Com "No País dos Homens Azuis", a terceira e última história, protagonista da capa, nos deslocamos da Austrália para o deserto da África centro norte.
Nesta aventura escrita por Giulio Antonio Gualtieri e Stefano Marsiglia com desenhos de Fabrizio Russo, Harlan será hóspede dos Tuareg, os misteriosos "homens azuis", que habitam às tórridas areias saarianas e, também desta vez, acompanhado dos fiéis Kurjak e Tesla, onde terá de fazer malabarismo entre ameaças sobrenaturais e mais banais, mas seguramente não menos perigosas, intrigas e jogos de poder.



 O Maxi, como já disse, é bonito e encorpado, 288 páginas, não são poucas.
Todas as três histórias são muito bonitas, seja a nível de argumento, seja a nível dos desenhos.
Gostei muitíssimo do fato que juntaram três aventuras com temas diferentes entre elas, seja no que diz respeito aos temas tratados, seja pelo ritmo mesmo das histórias. 
Muito interessante também o fato de que as histórias se encaixam à perfeição na continuidade da saga de Dampyr, mas também são agradáveis para quem se aproxima do personagem pela primeira vez, mantendo-se destacado o contexto principal. Decididamente um ótimo volume sobre todos os aspectos.

Marco Valle
Escreve sobre vídeo games, quadrinhos e lifestyle.
Mas também sobre gdr, filmes de televisão, filmes e coisas.
Sobretudo coisas



 Crítica publicada originariamente no site: www.justnerd.it

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