O filho do Dampyr - Dampyr 301 (abril/2025)
Tudo recomeça, tudo se renova, tudo recomeça. Tradição e inovação. 25 anos de tradição e frescor de número um.
Este é o desafio que Dampyr enfrentará nos próximos meses, e acho que levará alguns meses (um ano, na minha opinião) para entendermos qual direção este novo capítulo da saga do Caçador de vampiros da Bonelli tomará. A partir desta edição 301, no entanto, pelo menos duas novidades já são oficiais e imediatamente perceptíveis: novo formato (80 páginas e não 100) e, acima de tudo, novo capista: Michele Croopera.
Depois, há outro que diz respeito à página 4: o editorial Dal buio é assinado pelo novo curador: Gianmaria Contro, que nos fará entender para onde e como ele pretende conduzir a série com os próximos dois números: nºs 302 e 303, assinados por ele, com novos desenhistas também para a série. São dois números que aguardo com grande curiosidade. Mas teremos a oportunidade de falar sobre eles.
História e Roteiro: Giorgio giusfredi
Desenhos e capa: Michele Cropera
De resto, falar da edição 301 significa, antes de tudo, notar como boas histórias não são ponderadas pelo número de páginas (assim como não faríamos com um filme em relação à duração) e, então, descobrir que, tendo chegado à edição 300, Dampyr ainda tem histórias para nos contar, algo sobre o qual não tínhamos dúvidas! Mas aqui o crédito vai mais uma vez para Giorgio Giusfredi, que cria uma aventura em Praga que combina o horror das atmosferas nebulosas típicas da capital da República Tcheca com o terror de ação.
Um resumo da história? O filho do Dampyr que dá nome ao nº 301 (e obviamente nos lembra de O Filho do Diabo... nº 1 de abril de 2000) é um personagem enigmático que se apresenta como Dark e combina os poderes de Mestre da Noite com o sangue letal do Dampyr. Mas quando e onde ele nasceu? Com quem Harlan o gerou? Sua aparição também é um aviso para um "vilão" que se esconde nos bastidores, ou melhor, literalmente atrás de Harlan, a julgar pela capa e pela última página.
Mais é fazer uma resenha e não uma crítica, mas como o álbum ainda está nas bancas, não quero acrescentar mais detalhes. Basta destacar o tema da relação pai/filho que é aqui triplicado por Giusfredi: Harlan/Dark - Harlan/Draka e, finalmente, Holleb/Lukas. Holleb é um simples fazendeiro durante a Guerra dos 30 Anos que recebe a não-morte eterna de Draka pai e se mantém vivo para vingar a morte em batalha de seu filho Lukas (tudo isso acontece nas primeiras 4/5 páginas... então não deixei de cumprir minha promessa de não dar spoilers!).
Dark e Holleb são farinha do rico saco de Giusfredi e estão perfeitamente representados pela mão evocativa e dramática de Michele Cropera. As rugas de Holleb e a frescura do rosto de Dark são as duas polaridades em torno das quais se movem as ações e intuições de Harlan e companhia, que devem tentar resolver mistérios que vão além da realidade e muitas vezes se desenvolvem em um nível onírico.
Sobre esses dois novos elementos (aos quais se soma o novo “vilão” que promete combatê-lo em um futuro próximo), Giusfredi explora todas as vertentes da arte de Cropera, apresentando-nos muitos personagens do passado de modo a surpreender o leitor histórico e, ao mesmo tempo, sem sobrecarregar o novo leitor com uma continuidade complexa.
Muitos elogios a Riboldi, que realmente fez um ótimo trabalho ao longo dos anos, como demonstrado pelas belas capas recentes de Dampyr 293 ou 296. Boas vindas à Cropera, que abre com uma capa clássica, com uma pose em close de Harlan que vem em nossa direção "furando a tela", mas já na segunda edição nos devolve um dinamismo com escolhas muito bem-sucedidas de cores ácidas (mas falaremos sobre isso em alguns dias).
Escrevi no final da resenha da edição 300 e repito hoje com mais força e convicção: Harlan está vivo! Vida longa ao Dampyr (que também é uma de suas características!!!!).
Crítica publicada no site: www.fumettiavventura.it
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